
Avaliação de Riscos Ambientais: Processo e Importância
Entenda a avaliação de riscos ambientais, suas etapas e impactos na saúde humana e ecologia. Garanta a segurança em áreas contaminadas.
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O gerenciamento de áreas contaminadas envolve processos cuidadosos para garantir a segurança dos ocupantes e do meio ambiente. Entre esses processos, destacam-se dois principais tipos de avaliação de risco: a Avaliação de Risco à Saúde Humana e a Avaliação de Risco Ecológico.
A Avaliação de Risco à Saúde Humana concentra-se nos riscos que os contaminantes em uma área podem trazer para seres humanos. Em contrapartida, a Avaliação de Risco Ecológico busca entender o impacto potencial da contaminação sobre receptores ecológicos, como animais, plantas e microrganismos. A Avaliação de Risco Ecológico é realizada somente quando existe um receptor ecológico que possa ser afetado pela área contaminada em análise. Por outro lado, a Avaliação de Risco à Saúde Humana ocorre mais frequentemente, sempre que há confirmação de contaminação, acompanhada de seu devido detalhamento.
A Avaliação de Risco (AR) no Gerenciamento de Áreas Contaminadas é conduzida após a confirmação inicial de contaminação na área. Nas etapas anteriores, são identificados os tipos de contaminantes, suas extensões e as características específicas do local. Com esses dados já levantados, torna-se possível avaliar se há algum risco à saúde humana.
A Avaliação de Risco fundamenta-se na existência de uma "tríade do risco", que identifica a presença de três fatores para que o risco exista: o contaminante, o receptor e a via de exposição. Quando esses três elementos estão presentes de forma simultânea, o risco é potencializado, exigindo intervenções adequadas.
Receptor: O primeiro fator a ser analisado é o receptor, que representa quem ou o que pode ser afetado pela contaminação. Durante essa etapa, são avaliados todos os usos e ocupações que ocorrem, ou que podem ocorrer, na área. Por exemplo, em áreas comerciais ou industriais, os receptores são, geralmente, os trabalhadores das instalações. Em áreas com usos agrícolas ou obras civis, os receptores podem ser trabalhadores locais. Já em áreas residenciais, os receptores incluem adultos e crianças que moram no empreendimento.
Contaminante: Após avaliar quem são os receptores, a próxima etapa consiste em consolidar as informações obtidas nas fases anteriores para identificar os meios em que a contaminação está presente, seja no solo ou na água subterrânea, e também compreender o comportamento desses contaminantes na área de estudo.
Por exemplo, uma pergunta importante é: o contaminante em questão possui um alto grau de volatilização? Esse tipo de análise é essencial, pois nos permite entender como os ocupantes do local, ou seja, os receptores, podem se expor à contaminação existente.
Via de Exposição: A última etapa da tríade do risco é a via de exposição. Essa etapa define como os receptores terão contato com os contaminantes. A exposição pode ocorrer por várias vias, como ingestão de água contaminada, inalação de substâncias voláteis ou contato direto com o solo.
Nem toda área contaminada traz riscos para os usuários. A função principal da Avaliação de Risco é responder exatamente a essa questão, determinando se a ocupação de uma área contaminada pode ser realizada de forma segura. Quando a Avaliação de Risco identifica que a contaminação representa um risco, a área é classificada como Área Contaminada com Risco Confirmado (ACRi). Nesses casos, é necessário um processo de reabilitação para que a área se torne segura para o uso pretendido.